Wednesday 24 March 2010






Videoarte



Primeira aula
Foram abordados temas relacionados com os conceitos de videoarte, e de design, e as várias definições para essas expressões.
Também foram abordados conceitos de semiótica, semiótica da imagem, iconicidade, denotação e conotação e a sua relação com vídeoarte.
Assim, encontramos definições para design, como sendo um processo criativo relacionado com a configuração, concepção, elaboração e especificidade de um determinado artefacto.
Este processo visa dar uma carga utilitária ao artefacto considerado.
Portanto, o design incorpora algo que produz inovação.
Estabelece as qualidades formais e funcionais do artefacto e as suas relações com o homem.
Design, é uma prática multidisciplinar
Denotação: a “coisa”
Consideremos, por exemplo, uma rua que vamos fotografar, com todos os elementos que a constituem: casas, pessoas, carros, etc,
Então a rua é a “coisa” em si mesma. É a denotação
Conotação: como vemos a “coisa”
O modo como vemos a rua, ou seja a “coisa”, é a conotação, ou seja o modo como a fotografamos, quer tecnicamente (filtros, de dia ou de noite, etc), quer simbolicamente; pessoas, pormenores, etc.
Portanto e em resumo podemos considerar que:
Denotação é a “coisa” em si, e Conotação é a parte humana do processo pela qual a “coisa” é vista.
Vimos também o significado de semiologia, que podemos considerar como a arte dos sinais, dos signos.
Semiótica da imagem: uma imagem vale mais que mil palavras
Segunda aula
Reciclamos alguns conceitos da aula anterior e fomos fazer trabalho de campo, concretamente, fotografar a rua do mercado Ferreira Borges e do Palácio da Bolsa.
Foi proposto um trabalho livre que incluía grandes planos da rua.
Optei por fazer planos gerais mas a partir de elementos que fizessem um enquadramento não linear da rua e dos seus elementos mais visíveis, mais perceptíveis e mais imediatos.
Depois trabalhei pormenores que me deram leituras plásticas e cromáticas interessantes, de modo a anular o objecto no seu todo, ou seja fotografar o real mas retendo o abstracto. Portanto sublinhar o conceito:
Real é abstracto e abstracto é real
Foi proposta também que comentássemos o nosso trabalho nas vertentes técnica e simbólica.
Assim, e no referente à técnica, utilizei equipamento comum. Não era importante fixar a imagem com muita qualidade.
Como disse Helena Almeida «a perfeição técnica da fotografia não é fundamental para o meu trabalho (…) eu quero a fotografia tosca, expressiva, como registo de uma função, de uma vivência» (1)
Interessa-me buscar apenas elementos mais abstractos do real, o que com o equipamento utilizado pode até sublinhar e melhorar o trabalho.
Na vertente simbólica, interessa-me sempre ver (neste caso a rua) não directamente, mas a partir, e, ou, por intermédio de outros elementos que encontro, e que por si retiram a realidade objectiva, e ma apresentam fraccionada.
Precisando: a partir da rua e, simbolicamente, me interessam partes que por efeito do acaso (da natureza, ou mão do homem), me ofereçam conjuntos harmónicos ao nível formal e cromático, que me conduzam a um prazer estético e me enderecem para a pintura, mas me proporcionem uma reflexão sobre a relação do homem com essa matéria, (No caso as pedras gastas da rua) depois, se quiser, construir, ou reconstruir uma história a partir daí.
Real é abstracto e abstracto é real
Trabalhamos também conceitos e teorizações sobre a imagem
Imagem pode ser bidimensional e tridimensional
Imagem é texto visual
Um texto é lido visual e semanticamente
Uma imagem tem perspectivas simbólica e técnica, tem também código, significação e significação simbólica, tem ainda textura, cor, etc
Imagem é uma representação da realidade mas não é a realidade
Imagem possui impressão e expressão.
Foto grafia – escrita da luz
Artefacto – onde ocorre a arte
Uma imagem pode ser (ter), arquivo, vestígio e morte
1. Helena Almeida, Caminhos da Arte Portuguesa no século XX, por Isabel Carlos, ed. Caminho, Lisboa 2005, pág. 14
Um processo que promova o distanciamento da função social, ou profissional conduz à arte
Videoarte – quando se cria um momento de experiência visual, explorando imagens para construir uma narrativa.
Foram referenciados livros de consulta:
Arte e Média – perspectiva estética digital, de Priscila Arantes e
Arte Contemporânea, de Isabelle de Maison Rouge









Fernando Soares – Teatro, aluno 5433

1 comment:

  1. Drª Assunção
    Só agora envio o trabalho, porquanto o que teve a amabilidade de trabalhar comigo na aula, não o consegui enviar porque foi feito num formato incompatível com o envio.
    Por tal peço desculpa.
    Boas férias
    Fernando Soares - Teatro, 5433

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